11.03.2025
Na última segunda-feira, 10 de março, a Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial) recebeu o especialista Fábio Almeida para uma palestra sobre os desafios da sucessão familiar e a importância do planejamento estratégico para a continuidade dos negócios. O evento, voltado para empresários e formadores de opinião, foi promovido pela Alianzo, com apoio da Adial.
Durante a palestra, Fábio Almeida, especialista em sucessão familiar, finanças e fundos de investimento, compartilhou sua experiência na condução de mais de mil processos sucessórios estruturados. Ele abordou ferramentas como relacionamento familiar, pacto e acordo de família, além da estruturação societária e o uso de fundos de investimento no processo sucessório.
"Ao longo da nossa jornada, conduzimos mais de mil sucessões estruturadas do início ao fim, considerando todas as ferramentas, desde relacionamento familiar, pacto familiar, acordo de família, estruturação societária das empresas que compõem o bloco familiar e fundos de investimento que poderiam ser utilizados nesse processo", afirmou Almeida.
Entre os temas discutidos, Almeida destacou a diferença entre sucessão e herança, ressaltando que a herança é regida por legislação específica, enquanto a sucessão deve ser planejada em vida para evitar conflitos e preservar a união familiar. Ele também abordou a equidade entre herdeiros, considerando cenários em que apenas um dos filhos trabalha na empresa, e o impacto de diferenças geracionais no processo sucessório.
Outro aspecto relevante foi a conversão de bens, como fazendas, em cotas de holdings, destacando a importância de manter os ativos bem estruturados. Ele enfatizou a necessidade de proteger os pais durante o processo sucessório, garantindo usufruto, direito de reversão e incomunicabilidade dos bens. "Sucessão deve ser feita em vida, organizando tanto os negócios quanto o patrimônio para evitar conflitos, desgastes e garantir a continuidade da família e do empreendimento", completou.
A palestra também abordou questões tributárias, como a escolha de jurisdição para a sucessão patrimonial. Almeida mencionou que muitos empresários goianos optaram por realizar sucessões no Uruguai devido aos custos mais baixos, mas alertou que apenas transferir bens para outro país sem estrutura local adequada pode trazer riscos.
Outro aspecto relevante foi a conversão de bens, como fazendas, em cotas de holdings, destacando a importância de manter os ativos bem estruturados. Ele enfatizou a necessidade de proteger os pais durante o processo sucessório, garantindo usufruto, direito de reversão e incomunicabilidade dos bens.
O Presidente-Executivo da Adial, Edwal Portilho, ressaltou a relevância do evento para as empresas associadas, muitas delas de origem familiar. "Esse tipo de evento oportunizado por especialistas em diversas áreas é de grande importância, pois contribui significativamente para os processos das empresas, especialmente no que se refere à sucessão familiar. Muitas das empresas associadas à Adial são familiares e estão em crescimento, tornando fundamental esse tipo de parceria e conhecimento", afirmou.
Portilho também destacou a trajetória de Fábio Almeida e sua atuação junto à Alianzo, reforçando a importância do material apresentado como um guia prático para empresários e suas famílias.
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